domingo, 19 de agosto de 2012

Mau ou Mal? Más, Mas ou Mais?

MAU MAL

MAU - adjetivo - contrário de BOM.
Possui feminino MÁ
mau comportamento, mau caráter.
Ex. O menino teve um mau comportamento na escola.


MAL – advérbio ou substantivo - contrário de BEM 
mal-educado, mal orientado
Ex. É um menino mal-educado.

Atenção: Esta palavra também pode ser usada como conjunção temporal: Eu mal comecei a limpar a casa e tive que sair. (nem bem)


MÁS, MAS OU MAIS ?


MÁS: feminino plural de bom. (adjetivo)

Ex:Aquelas meninas são muito más (ruins)

MAS: conjunção adversativa: indica oposição, ressalva. Sinônimo de "porém"
Ia sair, mas começou a chover
Quero estudar, mas não tenho tempo.

MAIS: advérbio que indica adição ou intensidade. Contrário de "menos"

Ex: Você deve estudar mais.
Quero começar a levantar mais cedo.

PS: as palavras "mas" e "mais" possuem a mesma pronúncia em muitas regiões do Brasil.


Caracteres Word


Como usar certos acentos no Windows
Presisonar a tecla ALT e o número ao mesmo tempo

ALT + 131 = â
ALT + 133 = à
ALT + 135 = ç
ALT + 136 = ê
ALT + 137 = ë
ALT + 128 = Ç
ALT + 147 = ô
ALT + 148 = ö
ALT + 182 = Â
ALT + 183 = À
ALT + 198 = ã
ALT + 199 = Ã
ALT + 210 = Ê
ALT + 226 = Ô
ALT + 228 = õ
ALT + 229 = Õ

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Vida é Pontuação


Moacyr Scliar

Ai ,Gramática, Ai, Vida

(...)
Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos,. Podemos acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as diferentes etapas por sinais de pontuação.
Querem ver? Olhem a biografia.


INFÂNCIA: UMA PERMANENTE EXCLAMAÇÃO

Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não mama! Me dá! É meu!
Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!
(...)

A PUBERDADE; A TRAVESSIA (OU O TRAVESSÃO)

(...)
_ O que eu acho, Jorge _ não sei se tu também achas _ o que eu acho _porque a gente sempre acha muitas coisas _ o que eu acho _ não sei _ tu és irmão dela _ mas o que estive pensando _ pode ser bobagem _ mas será que não é de a gente falar _ não, de eu falar com a Alice _
_ Alice tu sabes _ tu me conheces _ a gente se dá _ a gente conversa _ tudo isto Alice _ tanto tempo _ eu queria te dizer Alice _ é difícil _ a gente _ eu não sei falar direito.


JUVENTUDE – A INTERROGAÇÃO

Mas quem é que eu sou afinal? E o que é que eu quero? E o que é que vai ser de mim? E Deus, existe? E Deus cuida da gente? E o anjo da guarda, existe? E o diabo? E por que é que a gente se sente tão mal?
(...)
mas por que é que tem pobres e ricos? Por que é que uns têm tudo e outros não têm nada? Por que é que uns têm auto e outros andam a pé? Por que é que uns vão viajar e outros ficam trabalhando?


AS PAUSAS RECEOSAS
(RECEOSAS, VÍRGULA, CAUTELOSAS) DO JOVEM ADULTO

Estamos, meus colegas, todos nós, hoje, aqui, nesta festa de formatura, nesta festa, que, meus colegas, é não só nossa, colegas, mas também, colegas, de nossos pais, de nossos irmãos, de nossas noivas, enfim. De todos quantos, nas jornadas, penosas, embora, mas confiantes sempre, nos acompanharam, estamos, colegas, cônscios de nosso dever, para com a família, para com a comunidade, para com esta Faculdade, tão jovem, tão batalhadora, mas ao mesmo tempo tão, colegas, tão.
(...)


O HOMEM MADURO. NO PONTO

Uma cambada de ladrões. Tem de matar. Matar.
Pena de morte.
O Jorge também. Cunhado também. Tem de matar. Esquadrão da morte. E ponto final.
No meu filho mando eu. E filho meu estuda o que eu quero. Sai com quem eu quero. Lê o que eu quero. Freqüenta os clubes que eu mando.
Tu ouviste bem, Alice. Não quero discutir mais este assunto. E ponto final.
(...)


(UM PARÊNTESE)

(Está bem, Luana, eu pago, só não faz escândalo) ]


O FINAL ... RETICENTE ...

Sim, o tempo passou... E eu estou feliz... Foi uma vida bem vivida, esta...
Aprendi tanta coisa...
Mas das coisas que aprendi... A que mais me dá alegria... É que hoje eu sei tudo... Sobre pontuação.

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar e outras crônicas. Porto Alegre. 1995. p.88-91)

Acentuação - Palavras que mudam sílaba tônica do português para o espanhol


PORTUGUÊS
ESPANHOL
Academia
Academia
Álcool
Alcohol
Alergia
Alergia
Alguém
Alguien
Atmosfera
Atmósfera
Burocracia
Burocracia
rebro
Cerebro
Coquetel
Cóctel
Cratera
Cráter
Diplomacia
Diplomacia
Elite
Élite
Elogio
Elogio
Epidemia
Epidemia
Euforia
Euforia
Fobia
Fobia
Gaúcho
Gaucho
Hemorragia
Hemorragia
Herói
roe
Í
Imán
Imbecil
Imcil
Limite
mite
Magia
Magia
Metrô
Metro
ope
Miope
vel
Nivel
Nostalgia
Nostalgia
Ortopedia
Ortopedia
Oxinio
Ogeno
Pântano
Pantano
Paralisia
Palisis
Parasita
Pasito
Pocia
Polia
Protipo
Prototipo
Psicopata
Psipata
Periferia
Periferia
Rubrica
brica
Sarampo
Sarampión
Siderurgia
Siderurgia
Sintoma
Síntoma
Telefone
Tefono
Telex
lex
Tulipa
Tulipán

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Diminutivos - Luis Fernando Verissimo


O Brasileiro e a sua eterna mania de diminutivos

Diminutivos - Luis Fernando Verissimo 

Sempre pensei que ninguém batia o brasileiro no uso do diminutivo, essa nossa mania de reduzir tudo à mínima dimensão, seja um cafezinho, um cineminha ou uma vidinha. Só o que varia é a inflexão da voz. Se alguém diz, por exemplo, "Ô vidinha", você sabe que ele está se referindo a uma vida com todas as mordomias. Nem é uma vida, é um comercial de cigarro com longa metragem. Um vidão. Mas se disser "Ah vidinha..." o coitado está se queixando dela, e com toda a razão. Há anos que o seu único divertimento é tirar sapatos e fazer xixi. Mas nos dois casos o diminutivo é usado com o mesmo carinho. 
 [...] 
O diminutivo é uma maneira ao mesmo tempo afetuosa e precavida de usar a linguagem. Afetuosa porque geralmente o usamos para designar o que é agradável, aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E precavida porque também o usamos para desarmar certas palavras que, na sua forma original, são ameaçadoras demais. 
"Operação", por exemplo. É uma palavra assustadora. Pior do que "intervenção cirúrgica", porque promete uma intervenção muito mais radical nos intestinos. Uma operação certamente durará horas e os resultados são incertos. Suas chances de sobreviver a uma operação... sei não. Melhor se preparar para o pior. 
Já uma operaçãozinha é uma mera formalidade. Anestesia local e duas aspirinas depois. Uma coisa tão banal que quase dispensa a presença do paciente. 
 [...] 
 No Brasil, usa-se o diminutivo principalmente em relação à comida. Nada nos desperta sentimentos tão carinhosos quanto uma boa comidinha. 
- Mais um feijãozinho? 
O feijãozinho passou dois dias borbulhando num daqueles caldeirões de antropófagos com capacidade para três missionários. Leva porcos inteiros, todos os miúdos e temperos conhecidos e, parece, um missionário. Mas a dona de casa o trata como um mingau de todos os dias. 
 - Mais um feijãozinho? 
 - Um pouquinho. 
 - E uma farofinha? 
 - Ao lado do arrozinho? 
 - Isso. 
 - E quem sabe mais uma cervejinha? 
 - Obrigadinho. 
 O diminutivo é também uma forma de disfarçar o nosso entusiasmo pelas grandes porções. E tem um efeito psicológico inegável. Você pode passar horas tomando "cervejinha" em cima de "cervejinha" sem nenhum dos efeitos que sofreria depois de apenas duas cervejas. 
- E agora, um docinho. 
 E surge um tacho de ambrosia que é um porta-aviões.

Palavras Errantes - Ivan Ângelo


Palavras errantes - Ivan Ângelo 

Saudemos o dia da língua, que era chamada na escola antiga de Língua Pátria, e que Caetano Veloso em dia inspirado chamou de “latim em pó”. Ah, língua de curiosidades e preciosidades, que os dicionários ainda não dão conta de abraçar! Quem trabalha com ela fica sensível a certos usos; mais, talvez, do que quem vai simples e inescapavelmente usando. Não me refiro a dificuldades, aquelas que provocam excitação vernácula nos gramáticos. Falo de curiosidades.
Por exemplo, o diminutivo que aumenta. O significado de certos adjetivos aumenta quando se usa o diminutivo. O diminutivo dá-lhes um sentido de cabal, de muito mais, de completamente.
Morta, por exemplo. Quer enfatizar, acentuar o sentido, tornar inquestionavelmente morta, sem dúvida nenhuma morta? Acrescente o diminutivo: “Morta, mortinha”. Tem gente que ainda põe sobrenome: “Mortinha da Silva”. Uma fruta é muito mais madura se está madurinha. A indicação de uma casa na esquina é bem mais precisa quando se diz “na esquininha”, não 100 metros para lá ou para cá. Muito duro? “Durinho!” “Surdo, ele? Surdinho! Surdinho da Silva!” “Fresca? Fresquinha!” Mais do que bêbado: “Bebadozinho, bebinho!”.
O curioso é que o mesmo diminutivo às vezes ameniza em vez de aumentar a força de um adjetivo cruel, buscando tom carinhoso: velhinho, feiosinho, pobrezinha, barrigudinho, chatinha. “Não é chaaaaaaata, é chatinha.” A intrigante vira intrigantezinha, o feio vira feinho, a burra vira burrinha.
O mesmo diminutivo, quando aplicado em adjetivos elogiosos, torna seu sentido quase o contrário, ou faz uma caricatura. É o caso de moderno: “Fulana é muito moderninha pro meu gosto”. “É um pintor, assim, moderninho, sabe?” “É, ela é bonitinha.” 
Há coisas que existem e não têm um nome para designá-las, ou tal palavra não encontrou abrigo em dicionário: a condição de avô é uma delas, e essa inexistência foi objeto de especulações do escritor Humberto Werneck. Condição de mãe é maternidade, de pai é paternidade, de irmãos é fraternidade — e de avô, avó? 
A parte de cima e a de baixo do biquíni deveriam ter seu próprio nome, e a falta dele causou estranheza ao escritor angolano José Eduardo Agualusa, num livro que bateia palavras, “Milagrário Pessoal”.
Não encontro “entrão” nos dicionários. Há publicações que não aceitam palavras desmerecidas pelo dicionário. Como designar o sujeito que todos chamamos de entrão? Ousado? É pouca coisa quando se fala de um entrão.
Nas calçadas da rua, sabem aquela areazinha protegida por murinho ou gradeado, onde se planta uma única árvore? É ajardinado? Jardim? Não é. É latada? Cova? Canteiro? Não. Nem o dicionário de jardinagem ajuda; aquilo, tão comum, parece não ter nome.
Outro dia quis descrever um pica-pau caminhando no galho vertical de uma árvore, teso, leve, em pé. Quis mais: quis usar o diminutivo que aumenta o sentido, significando bem em pé, estranhamente em pé, como se um prego se equilibrasse na parede sem ser fincado. “Em pezinho” ficou esquisito, parecia que ele estava em pés pequenos. Ora. Para enfatizar “cabelos em pé”, se escrevermos “empezinhos” ou “em-pezinhos”, a palavra já vai aparecer sublinhada de vermelho na tela do computador, indicando erro; se escrevermos “cabelos em pezinhos” vai parecer outra coisa, algo como pelos em pés pequenos.
Quer ver uma coisa? Mal-amado não tinha verbete, só mal-amada. Como se só mulher fosse mal de amores, homem não. Depois que alguns escritores reclamaram, apareceu o mal-amado.
Palavras errantes estão na boca do povo há muitos séculos. Clássicos de 1.500 as usavam. A grafia despois era uma forma comum de “depois”; desque era usada como “desde que”, “assim que”; afogada já era usada lá como refogada; frol aparece muito no lugar de flor, e talvez venha daí a nossa pronúncia caipira de “frô”; antão, no lugar de então; crara, por clara.
Citando de novo Caetano: gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões.

Retirado so site: www.veja.com.br 



PRESENTE DO SUBJUNTIVO


Presente do Subjuntivo 

O presente do subjuntivo dos verbos é formado substituindo-se a terminação –O da primeira pessoa do singular do presente do indicativo pelas seguintes terminações:

AR                         ER/IR
Eu                                                          e                             a
Você/Ele, ela                                    e                             a
Nós                                                       emos                    amos
Vocês/ Eles, elas                             em                         am

Exemplo:            eu durmo (1ª pessoa do singular do presente do indicativo)
                               Que eu durma – Que você durma – Que nós durmamos – Que vocês durmam

Verbos Irregulares

Dar                        Ir                            Ser                         Estar

Eu                                          dê                          vá                           seja                       esteja
Você/ Ele, ela                    dê                          vá                           seja                       esteja
Nós                                       demos                 vamos                  sejamos              estejamos
Vocês/Eles, elas              deem                   vão                        sejam                   estejam


                                               Querer                 Saber                    Haver

Eu                                          queira                  saiba                     haja      
Você/ Ele, ela                   queira                  saiba                     haja      
Nós                                       queiramos          saibamos            hajamos             
Vocês/ Eles, elas             queiram              saibam                 hajam
                              
O subjuntivo é introduzido pelos seguintes verbos e conjunções:

Verbos de Desejo:                                         Desejo que
               Espero que

Ordem:                                                               Quero que
               Mando que

Dúvida:                                                               Duvido que

De sentimento:                                               Que bom que
               É uma pena que

Expressões Impessoais                                É provável que
                É possível que

As conjunções:

Concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de que
Condicionais: desde que, contanto que, caso
Finais: para que, a fim de que
Temporais: Antes que, até que
Tomara que/ Talvez

Dar um Jeitinho - Paulo Mendes Campos


Segundo Paulo Mendes Campos, uma das coisas que nos faz realmente brasileiros é a nossa capacidade de "dar um jeitinho"....


Dar um JeitinhoPaulo Mendes Campos

Escrevi na semana passada que há duas constantes na maneira de ser do brasileiro: a capacidade de adiar e a capacidade de dar um jeito. Citei um livro francês sobre o Brasil, no qual o autor dizia que só existe uma palavra importante entre os brasileiro: amanhã.
Pois fui ler também o livro Brazilian Adventure, de 1933, do inglês Peter Fleming, marido da atriz Célia Johnsonm integrante da comitiva que andou por aqui há trinta anos em busca do coronel Fawcett. No capítulo dedicado ao Rio, sem dúvida a capital do amanhã, achei este pedaço: “A procrastinação por principio- a procrastinação pela própria procrastinação- foi uma coisa com a qual aprendi depressa a contar. Aprendi a necessidade de resignação, a psicologia da resignação: tudo, menos a resignação em si mesma. No fim extremo, contrariando o meu mais justo aviso, sabendo a futilidade disso, continuei a emgambelar, a insultar, a ameaçar, a subordinar os procrastinadores, tentando diminuir a demora. Nunca me valeu de nada. Não e possível evita-la. Não há nada a fazer contra isso.
Não é verdade, Mr. Fleming: há uma forma de vencer a interminável procrastinação brasileira: é dar um jeitinho. O inglês apelou para a ignorância, a sedução, o suborno. Mas o jeito era dar um jeito.
Dar um jeito é outra disposição cem por cento nacional, inencontrável em qualquer outra parte do mundo. Dar um jeito é um talento brasileiro, coisa que a pessoa de fora não pode entender o praticar, a não ser depois de viver 10 anos entre nós, bebendo cachaça conosco, adorando feijoada, e jogando no bicho. É preciso ser bem brasileiro para se ter o animo e a graça de dar um jeitinho numa situação inajeitável. Em vez de cantar o Hino Nacional, a meu ver, o candidato à naturalização deveria passar por uma prova: dar o jeitinho numa situação moderadamente enrolada.
Mas chegou a minha vez de dar um jeito nesta crônica: há vários anos andou por aqui uma repórter alemã que tive o prazer de conhecer. Tendo de realizar algumas incursões jornalísticas pelo país, a moça freqüentemente expunha problemas de ordem pratica a confrades brasileiros. Reparou logo, espantada, que os nossos jornalistas reagiam sempre do mesmo modo aos galhos que ela apresentava: vamos dar um jeito. E o sujeito pegava o telefone, falava com uma porção de gente, e dava um jeito. Sempre dava um jeito.
Mas, afinal o que era dar um jeito? Na Alemanha não tem disso, não; lá a coisa pode ser ou não poder ser.
Tentei explicar-lhe, sem sucesso, a teoria fundamental dedar um jeito, ciência que, se difundida a tempo na Europa, teria evitado duas guerras carniceiras. A jovem alemã começou a fazer tantas perguntas esclarecedoras, que resolvi passar a aula prática. Entramos na casa comercial dum amigo meu, comerciante cem por cento, relacionado apenas com seus negócios e fregueses, homem de passar o dia todo e as primeiras horas da noite dentro da loja. Pessoa inadequada, portanto para resolver a questão que forjei no momento de parceria com a jornalista.
Apresentei ele a ela e fui desembrulhando a mentira: o pai da moça morava na Alemanha Oriental: tinha fugido para a Alemanha Ocidental; pretendia no momento retornar à Alemanha Oriental, mas temia ser preso; era preciso evitar que o pai da moça fosse preso. Que se podia fazer?
Meu amigo comerciante ouviu tudo atento, sem o menor sinal de surpresa, metido logo no seu papel de mediador, como se fosse o próprio secretário das Nações Unidas. Qual! O próprio secretário das Nações Unidas não teria escutado a conversa com tão extraordinária naturalidade. A par do estranho problema, meu amigo deu um olhar compreensivo para a jornalista, olhou para mim, depois para o teto, tirou uma fumaça no cigarro e disse gravemente: “O negócio é meio difícil...é...esta é meio complicada....Mas, vamos ver se a gente dá um jeito.”
Puxou uma caderneta do bolso, percorreu-lhe as páginas, e murmurou com a mais comovente seriedade: “Deixa-me ver antes de tudo quem eu conheço que se de com o Ministro da Relações Exteriores.”
 A jornalista alemã ficou boquiaberta.

FUTURO DO SUBJUNTIVO


FUTURO DO SUBJUNTIVO

O Futuro do Subjuntivo é usado para indicar eventualidade no futuro. Uma ação que pode ocorrer no futuro, que não é certa, mas é provável.
Geralmente vem acompanhada de um oração principal com verbo no

Ø  Futuro do indicativo.
Quando eu chegar ao Brasil, encontrarei meus amigos.


Também pode vir acompanhado dos seguintes verbos:

Ø  Presente do Indicativo:
Quando eu for ao Brasil, quero conhecer percorrer todas as praias.

Ø  Presente do Subjuntivo:
Quando eu for ao Brasil, talvez visite o Corcovado.

Ø  Imperativo
Quando eu for ao Brasil, receba-me no aeroporto.


O Futuro do Subjuntivo acompanha as seguintes conjunções:


 QUANDO – SE –  ENQUANTO – ASSIM QUE - LOGO QUE -  DEPOIS QUE- COMO -  À MEDIDA QUE -

Logo que você chegar, me telefone!
Assim que eu chegar, te telefono.
Sempre que você sair, leve sua chave.

A conjugação do Futuro do Subjuntivo é feita substituindo-se a terminação –AM da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo pelas seguintes terminações:

Eu                              
Você/ele/ela             
Nós                              MOS
Vocês/eles/elas          EM

Eles chegaram >  Quando eu chegar                      
                             Quando você chegar  
                             Quando nós chegarMOS                                                                                                                  
                             Quando eles chegarEM

Eles trouxeram > Quando eu trouxer
                             Quando você trouxer
                             Quando nós trouxerMOS
                             Quando vocês trouxerEM